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Com os resultados do dia, o Brasil fechou o domingo na 14ª posição no quadro de medalhas, com uma prata e dois bronzes. A liderança está com o Japão, impulsionado por skate e judô, que soma quatro ouros, duas pratas e um bronze. Na sequência aparecem Austrália (quatro ouros e duas pratas) e Estados Unidos (três ouros, seis pratas e três bronzes).
JUDÔ - A primeira medalha do Brasil em Paris 2024 foi do judô e de Willian Lima. O paulista de 24 anos, natural de Mogi das Cruzes, carimbou a prata do meio-leve masculino (66kg) após só parar no japonês Hifumi Abe na grande decisão. “Acho que essa é uma daquelas coisas que você batalha a vida toda para conquistar. Não tenho palavras para explicar, estou feliz, mas ao mesmo tempo fica um traço de tristeza pela prata”, afirmou o atleta, integrante da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal. “É duro perder uma final, ainda sabendo que você tinha condições, mas fico feliz porque falei que ia chegar aqui e conquistar medalha, sair do pódio e colocar no pescoço do meu filho”. E a cena aconteceu. Após receber a premiação, Willian logo correu para colocá-la no pescoço do pequeno Dom, de 10 meses. O pódio do atleta simbolizou a primeira final masculina com um brasileiro desde Sydney, em 2000, quando Tiato Camilo e Carlos Honorato também foram prata. No caminho até o pódio, Willian estreou com bela vitória sobre Sardor Nurillaev, do Uzbequistão, projetando o adversário a seis segundos do final do combate. Nas oitavas, superou Serdar Rahimov, do Turcomenistão, nas punições (3-0). Nas quartas, encarou o judoca da Mongólia, Bashkuu Yondonpenrelei, e manteve o bom rendimento. Numa luta dura, projetou o adversário na fase de golden score. Na penúltima luta, enfrentou o cazaque Gusman Kyrgysbayev e, também na “prorrogação”, encaixou uma projeção perfeita e garantiu-se na final. Na decisão, encarou o japonês Hifumi Abe, campeão olímpico em Tóquio 2020 e tricampeão mundial. O brasileiro até conseguiu aplicar algumas entradas, mas Abe levou a melhor na efetividade e projetou o brasileiro duas vezes para selar o resultado.
Larissa estreou com vitória por ippon ao finalizar Djamila Silva, de Cabo Verde, com uma chave de braço. Nas oitavas, superou a britânica Chelsea Giles com uma projeção que valeu um waza-ari no golden score. Nessa fase, Larissa encarou a heroína local, Amandine Buchard, da França, e foi surpreendida por uma imobilização no golden score. Na repescagem, Larissa enfrentou a alemã Mascha Ballhauss. No retrospecto do ano, Larissa levava a pior, com duas derrotas. Mas, em Paris, a vitória veio na hora certa. Pimenta buscou uma projeção, derrubou a alemã e a finalizou com estrangulamento. Na disputa de bronze, Larissa pegou outra adversária contra quem o retrospecto não ajudava. A atual campeã mundial e duas vezes medalhista olímpica Odette Giufrida, da Itália. A luta seguiu até o golden score, com as duas empatadas em duas punições, até a italiana ser punida pela terceira vez por falta de combatividade. Ao perceber que tinha conquistado o bronze, Larissa se emocionou e não conseguia sair do tatame. Foi inclusive abraçada pela adversária, que reconheceu a conquista e protagonizou uma das belas imagens de fair play do dia. “Eu não entendi a situação, simplesmente agachei e chorei. Não sabia se era verdade. Acho que faltou oxigênio na cabeça e comecei a ver tudo branco (risos). Mas sentia no coração que merecia”, definiu a atleta, que teve o nome publicado em dez editais do Bolsa Atleta ao longo de sua carreira.
“Estava sonhando com a medalha. É muito difícil terminar na quarta colocação, talvez o momento mais difícil da minha carreira. Consegui aproveitar muito, estava alegre e positiva na semifinal e na final, me sentindo bem na água. Os treinamentos aqui, no inverno, foram duros. Então, estou feliz por ter conseguido dar o melhor, mas triste por ter chegado tão perto”, analisou Ana. Na final, ela marcou 100s68, a 1s75 da medalhista de bronze, Kimberley Woods, da Grã Bretanha. O ouro ficou com a australiana Jessica Fox, e a prata com a polonesa Klaudia Zwolinska. Ana disputa a quarta edição de Jogos Olímpicos aos 28 anos. Em Londres 2012, com 16 anos, foi a mais nova da delegação brasileira e conseguiu o 16º lugar no K1. Na Rio 2016, acabou na 17ª colocação na mesma prova. Em Tóquio 2021, ficou na 13ª colocação no K1 e na 10ª no C1. Na terça-feira, 30, Ana Sátila volta às competições para a disputa da fase classificatória da Canoa Individual (C1). Uma hora depois, Pepê Gonçalves disputa a primeira fase do Caiaque Individual (K1) masculino. São duas descidas e os 22 melhores avançam para a semifinal. Já as disputas do caiaque cross serão realizadas a partir do dia 2 de agosto e ambos estarão na pista. Toda a equipe da canoagem slalom integra o Bolsa Atleta.
KENO AVANÇA NO BOXE - Medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, Keno Marley estreou em Paris 2024 com vitória e classificação para as quartas de final da competição. O brasileiro derrotou o britânico Patrick James Brown na categoria até 92kg por pontos (4-1). O brasileiro retorna ao ringue na quinta-feira para encarar o uzbeque Lazizbek Mullojonov por uma vaga na semifinal. No boxe, 100% dos integrantes da delegação brasileira em Paris (dez) fazem parte da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta. VÔLEI DE PRAIA 100% - As três duplas que entraram na quadra de areia montada na frente do maior cartão portal francês neste 28 de julho superaram o nervosismo da primeira rodada, venceram e deram sinais de que podem voltar ao pódio olímpico após a ausência da modalidade entre os medalhistas em Tóquio. Com a vitória de André e George no sábado, o vôlei de praia brasileiro está invicto em Paris. Ana Patrícia e Duda, líderes do ranking mundial, venceram a dupla Doaa Elghobashy e Marwa Abdelhady, do Egito, por 2 sets a 0 (21 a 14 e 21 a 19). Campeãs mundiais em 2022 e vice em 2023, as brasileiras passaram por um segundo set muito bem jogado pelas egípcias. “A gente não tinha informação sobre essa dupla, por isso tivemos que construir uma tática dentro do próprio jogo, o que é bastante complicado. Estou feliz porque a gente soube lidar com a tensão da estreia”, disse Ana Patrícia. Em uma das últimas partidas do dia, Evandro e Arthur derrotaram a dupla austríaca Horl e Horst por 2 sets a a 0, com parciais de 21 x 18 e 21 x 19. “A gente precisa curtir o momento que está vivendo, precisamos jogar com alegria porque assim tudo fica mais fácil”, disse Evandro. “Esse torneio vai ser muito equilibrado. Das 24 equipes dos Jogos, 23 já ganharam etapas do circuito mundial”, completou o carioca de 2,10m. Mais cedo, ainda pela manhã, a dupla formada por Carol Solberg e Bárbara Seixas também estreou com vitória. Elas derrotaram as japonesas Akiko Hasegawa e Miki Ishii por 2 a 0, com parciais de 21 a 12 e 21 a 19. O vôlei de praia é uma das 27 modalidades com brasileiros nos Jogos Olímpicos em que 100% dos integrantes fazem parte do Bolsa Atleta do Governo Federal.
VIRADA AMARGA NO FUTEBOL - Em partida decidida nos acréscimos do segundo tempo, a seleção feminina de futebol conheceu a primeira derrota nestes Jogos Olímpicos. Jogando no emblemático Parc des Princes, o Brasil perdeu de virada para o Japão por 2 x 1, em partida válida pelo grupo C. O gol brasileiro foi marcado por Jheniffer, enquanto as japonesas marcaram com Kumagai, de pênalti, e Tanikawa, nos minutos finais, numa falha da defesa brasileira. A partida marcou o jogo de número 200 da atacante Marta com a camisa da seleção brasileira. Agora, a seleção se prepara para enfrentar a Espanha, na próxima quarta-feira a partir das 12h (de Brasília). POR UM GOL NO HANDEBOL - Em partida emocionante, decidida na última bola, a seleção feminina de handebol conheceu a primeira derrota em Paris. A equipe foi superada pela Hungria por 25 x 24, em jogo válido pelo grupo B. As leoas, como são conhecidas as brasileiras, dominaram praticamente todo o jogo, mas acabaram tomando a virada no último lance. Agora, o Brasil se prepara para o próximo compromisso, contra a França, na terça-feira (30), a partir das 14h (de Brasília). "A gente falhou nos momentos chave. Em bolas que era para gente abrir quatro gols a gente errou. Do outro lado tem um time forte. Não podemos deixar chutar a última bola. Tem que servir de aprendizado. Acredito no time e podemos fazer bem melhor", analisou a armadora Bruna de Paula, capitã da equipe.
ONIPRESENÇA - O DNA do Bolsa Atleta é "onipresente" na delegação brasileira que está em Paris para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024. Levando em conta o edital mais recente, de 2024, 241 dos 276 atletas na capital francesa fazem parte do programa, um percentual de 87,3%. Se a análise leva em conta o histórico dos atletas, contudo, 271 dos 276 já foram integrantes do programa do Governo Federal em alguma fase da carreira (98%). Em 27 das 39 modalidades em que o país está representado na França, 100% dos atletas integram atualmente o programa de patrocínio direto do Ministério do Esporte. Mais: em seis modalidades, todos estão na categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, voltada para esportistas com chances reais de medalha em megaeventos, que se posicionam entre os 20 melhores do ranking mundial de suas modalidades. A Bolsa Pódio garante repasses mensais que variam de R$ 5.500 a R$ 16.600, com o reajuste anunciado em julho de 2024 pelo presidente Lula.
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