A Sexta-feira Santa, data que relembra a crucificação de Jesus Cristo, é marcada por tradições religiosas profundas — e uma das mais conhecidas entre os cristãos é a proibição de comer carne vermelha. Mas por que exatamente esse alimento é evitado nesse dia?
A resposta está ligada à simbologia e às orientações da Igreja Católica. A carne vermelha, comumente associada a celebrações e fartura, é considerada inadequada para uma data de luto, penitência e reflexão.
Sinal de respeito e sacrifício
De acordo com a tradição cristã, a Sexta-feira Santa é um momento solene, em que os fiéis são convidados a relembrar o sofrimento e a morte de Jesus. Evitar carne vermelha nesse dia é uma forma simbólica de demonstrar respeito e participar do sacrifício de Cristo.
Além disso, a Igreja Católica orienta a prática do jejum e da abstinência nesse período. O jejum representa uma renúncia voluntária a alimentos em maior quantidade, enquanto a abstinência da carne é vista como uma forma de renunciar a prazeres cotidianos em nome da fé.
Carne vermelha e seu simbolismo
Outro fator é o simbolismo da carne vermelha, que está diretamente associada ao sangue e à morte. Para muitos fiéis, consumir esse tipo de alimento em um dia que marca o sofrimento de Jesus seria inapropriado e desrespeitoso.
Por isso, é comum que muitos substituam a carne vermelha por peixe ou optem por refeições mais simples e leves, reforçando o espírito de humildade e reflexão.
Tradição que ultrapassa fronteiras
Embora a prática seja mais comum entre católicos, ela também é respeitada por outros ramos do cristianismo e se mantém viva em diversos países, inclusive no Brasil. Vale lembrar que, apesar de tradicional, a abstinência de carne na Sexta-feira Santa não é uma obrigação para todos, mas sim uma escolha espiritual.
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