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Sabado, 15 de Fevereiro de 2025
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Pets também passam por processo de luto?

Saúde animal

Portal São Bento
Por Portal São Bento
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Pets também passam por processo de luto?
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Pesquisas indicam que cães sentem a ausência das pessoas e de outros animais do círculo de convivência; especialista alerta para mudanças no comportamento que podem ocorrer nestas situações  

Com a aproximação do Dia de Finados, no próximo dia 02, a perda de um ente querido e como lidar com o luto é um dos temas mais presentes na sociedade.  Neste sentido, uma das perguntas que surgem é se os pets também sentem o luto e de que forma eles respondem à ausência de uma pessoa ou de outro animal do círculo de convivência?

Segundo a médica veterinária comportamentalista Simone Bergamini, professora da Pós-Graduação da Faculdade Qualittas, apesar de o tema ainda não ser consenso na comunidade científica, muitas pesquisas indicam que sim, os animais, em especial os cães, sentem a perda dos tutores. “Os cães criam vínculos muito profundos com os seres humanos e alguns estudos já comprovaram que eles respondem à ausência do tutor, muitas vezes com alterações emocionais e comportamentais”, destaca.

Ela explica que as mudanças podem ocorrer principalmente se a pessoa que morreu era com quem o cão mais interagia. “Se era a pessoa com quem o animal tinha um forte apego e há uma quebra repentina desse vínculo, o cão pode sentir a ausência e ficar mais ansioso ou mais triste e, em alguns casos, até apático”, ressalta Simone Bergamini. Além da ausência da pessoa querida, também ocorre uma mudança da rotina do animal, com a ausência do companheiro de brincadeiras, passeios e afetos.

E não são apenas dos humanos que os cães sentem falta. Uma pesquisa realizada em 2022 constatou que eles também respondem à ausência de outros cães com quem convivia. Entre os sinais que o animal pode apresentar com a morte do tutor está a perda de apetite, estado mais apático e a busca de pertences e do odor da pessoa ausente.  Por isso, o ideal, segundo a médica veterinária, é tentar manter a rotina do animal como era antes da morte do tutor e, se possível, ter uma pessoa de referência na família que possa ajudá-lo neste retorno das atividades. “O mais importante neste momento, seja pela perda de um humano ou de outro animal, é termos compreensão e darmos muito amor ao animal, para que novos vínculos de apego, amizade e confiança possam ser criados”.

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