Um suposto erro na aplicação injetável de um medicamento, em um posto de saúde, no Planalto Norte catarinense, teria ocasionado a amputação da perna de uma criança, no hospital infantil, em Joinville.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou uma Notícia de Fato para apurar uma possível negligência médica no atendimento de uma menina no Pronto Atendimento de Três Barras. O caso, que resultou na amputação de uma das pernas da criança, está sendo investigado pela 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas.
A situação foi relatada à 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas, após a suposta administração incorreta de Benzetacil na criança, o que teria causado insuficiência renal e, posteriormente, a amputação de uma das pernas. A menina está atualmente internada no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, em Joinville.
A Promotora de Justiça Ana Maria Horn Vieira Carvalho, titular da 4ª Promotoria de Justiça, determinou a expedição de ofício à Secretaria de Saúde de Três Barras para obter informações detalhadas sobre o atendimento médico prestado à criança. A Secretaria tem um prazo de cinco dias para responder.
De acordo com a Promotora de Justiça, o MPSC busca esclarecer os motivos que levaram à amputação, incluindo a verificação da dosagem e aplicação da medicação. A investigação visa garantir a responsabilização adequada e a prevenção de futuros incidentes semelhantes.
Relembre o caso
Uma criança, de 4 anos, teve a perna amputada após sofrer um problema de circulação sanguínea. Conforme a família, o caso pode estar relacionado à aplicação de uma injeção Benzetacil, que foi realizada em um posto de saúde localizado em Três Barras (SC).
A menina está internada desde o dia 31 de agosto em um hospital de Joinville (SC). A criança já passou por cinco cirurgias e deve passar pela sexta operação em breve. De acordo com os familiares, os médicos suspeitam que a injeção possa ter sido aplicada acidentalmente na veia ou artéria femoral e causou a complicação. Conforme os relatos, a criança não apresentava histórico de doenças, mas agora está passando por sessões de hemodiálise.
A primeira ida ao médico
No dia 30 de agosto, a menina se queixou de dor de garganta e a mãe a levou ao posto de saúde. No local, a médica receitou uma dose de Benzetacil, que foi aplicada, em seguida, por uma enfermeira.
Logo depois, o estado de saúde da criança piorou, a menina tinha manchas roxas nas pernas e ao retornar ao posto de saúde, a médica disse que poderia se tratar de uma reação alérgica. Porém, o quadro da menina piorou e os pais a levaram novamente ao posto de saúde, outro médico fez o atendimento e também tratou o caso como alérgica e receitou antialérgicos.
No dia seguinte, os pais levaram a menina novamente ao posto de saúde. Outra médica fez o atendimento e percebeu a gravidade do caso, ela encaminhou a criança ao hospital de Joinville. A caminho do hospital, a criança sofreu duas paradas cardíacas.
Logo depois, ao chegar no hospital, os médicos realizaram uma tomografia, que revelou o problema de circulação, que afetada a perna. Além disso, o coração e fígado também estavam em colapso. Em seguida, a criança passou por uma cirurgia. A criança passou por utras cirurgias antes de ter a perna amputada. A operação para amputar a perna da menina ocorreu no dia 1º de setembro após diversas tentativas de salvar o membro da criança.
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